segunda-feira, 27 de maio de 2013

Não adianta ter um ótimo televisor sem conteúdo

Não adianta ter um ótimo televisor sem conteúdo para ser exibido em sua tela. Para quem procura algo além da programação dos canais de TV, não faltam meios de reproduzir mídia em alta definição no home theater.

Para usuários mais avançados e exigentes, o ideal é investir em um computador completo. Media players e tocadores de Blu-ray são soluções mais simples e baratas. Quem gosta de games pode usar um console como central de mídia --ou aguardar o lançamento dos próximos modelos. Por fim, alguns modelos de receiver e televisor oferecem recursos básicos para reprodução de conteúdo --em geral, são limitados e têm desempenho medíocre, mas podem dar para o gasto, a depender do seu grau de exigência.

COMPUTADOR

Um HTPC (home theater PC) é a opção mais versátil e poderosa para reprodução de mídia.

VERSATILIDADE. Um computador pode reproduzir a maioria dos formatos digitais de áudio e vídeo, além de servir para uma infinidade de outras tarefas, como jogar games ou navegar na web. É um equipamento altamente personalizável --você pode escolher o hardware e o software que preferir e dar a ele a cara que desejar. Nenhuma das alternativas chega perto do HTPC em versatilidade.
    
  
COMPLEXIDADE. Você precisará escolher a configuração ideal, instalar e configurar os programas e pesquisar informações e preços. Todo esse trabalho pode ser complexo e tomar bastante tempo, principalmente se você optar por montar a sua própria máquina. Uma solução relativamente fácil é usar um computador que você já tem --use um cabo HDMI para conectar o seu laptop ao televisor ou ao receiver e pronto.

HARDWARE. A configuração do HTPC depende do conteúdo que você deseja reproduzir. Filmes em Blu-ray, por exemplo, exigem um processador mais poderoso e um drive óptico para os discos --que também poderia ser usado para tocar CDs e DVDs. Para assistir à TV aberta, é necessário comprar um receptor. Games modernos com gráficos complexos pedem uma placa de vídeo dedicada.

RUÍDO. Uma configuração muito poderosa tende a ser mais barulhenta, pois componentes potentes costumam gerar bastante calor e exigir mais ventoinhas para a refrigeração do sistema. Um computador barulhento pode incomodar muito em um home theater.

ARMAZENAMENTO. Os arquivos para reprodução podem ficar armazenados em unidades internas, dentro do próprio computador, ou externas, ligadas ao PC pela rede ou por meio de cabo. Instale o máximo de armazenamento que puder, pois conteúdo em alta definição ocupa bastante espaço. Se puder, use uma solução expansível, que lhe permita adicionar unidades extras caso necessário.

INTERFACE. O tradicional mouse não é muito conveniente em um home theater. Teclados com touchpad embutido e controle remoto universal são boas alternativas. O importante é serem leves e fáceis de usar.

SOFTWARE. Seu HTPC pode ter um visual bem diferente do que você costuma usar no computador de trabalho. Programas como XBMC e Plex oferecem um ambiente muito mais adequado para usar o PC como central de mídia, com tipografia, ícones e botões maiores, além de espaço para informações como sinopse e capa de filmes e séries. Essas soluções ainda permitem, entre outras coisas, a reprodução de um número maior de formatos e o uso de smartphones como controle remoto.


MEDIA PLAYER

Caixas conectadas que reproduzem conteúdo on-line e local sem as complicações de um computador completo.

SIMPLICIDADE. Media players são, basicamente, caixas conectadas que reproduzem conteúdo em formato digital --seja por meio de streaming ou de arquivos armazenados localmente. Funcionam mais ou menos como um HTPC mais simples, portátil e barato. São indicados para quem procura uma solução fácil de usar, sem a complexidade de um computador completo.

SERVIÇOS E FORMATOS. Os media players são bem mais limitados que um HTPC. Em geral, apresentam poucas opções para configurar e personalizar o sistema, são compatíveis com um número menor de formatos e não incluem drive óptico para Blu-ray e DVD. O usuário fica mais preso às limitações impostas pelo fabricante. Portanto, ao escolher um media player, é importante pesquisar quais modelos oferecem acesso a seus serviços on-line preferidos e suporte aos formatos que você mais usa.

ON-LINE OU LOCAL. É possível dividir os media players em duas categorias. A primeira, formada por produtos conhecidos como media streamers, prioriza a reprodução de conteúdo on-line e oferece acesso a mais serviços de streaming. A segunda categoria inclui caixinhas mais poderosas (e mais caras), voltadas principalmente ao uso de arquivos armazenados localmente --podem ter, por exemplo, suporte a mais formatos e a DLNA (para acessar um computador ou dispositivo conectado à mesma rede doméstica), além de espaço para unidade interna de armazenamento.

CARÊNCIA. Há poucos modelos bons de media players à venda no Brasil. Os media streamers são ainda mais raros, até por causa da pouca oferta de serviços on-line no país --pelo mesmo motivo, eles são, em geral, muito limitados. Um media player mais poderoso costuma atender melhor à maioria dos usuários brasileiros.



TOCADOR DE BLU-RAY

Cada vez mais cheios de recursos, tocadores de Blu-ray são uma ótima escolha para quem procura a melhor imagem.

IMAGEM. O Blu-ray é a opção mais indicada para quem prioriza qualidade de imagem. Nos serviços que oferecem filmes e séries por meio de download ou streaming, o vídeo é muito mais comprimido, o que compromete o resultado final.

SIMPLES E BARATO. Fãs de Blu-ray têm basicamente três opções para usar os discos: tocador dedicado, HTPC ou PlayStation 3. O primeiro não tem a versatilidade do segundo nem os games do terceiro, mas é mais simples de usar e configurar --e o principal: é bem mais barato. Para quem não gosta de videogames nem planeja consumir mídia em uma grande variedade de formatos, o tocador de Blu-ray é uma ótima escolha.

EXTRA. Os modelos mais modernos têm alguns recursos presentes em media players e smart TVs, como aplicativos variados, reprodução de arquivos em diversos formatos, suporte a DLNA (útil para acessar conteúdo armazenado em algum computador ou dispositivo conectado à mesma rede doméstica) e acesso a serviços on-line --inclusive de streaming de filmes. São funções úteis, mas não se anime muito --o desempenho do tocador para executá-las pode deixar a desejar.



CONSOLE DE VIDEOGAME

O PlayStation 3 e o Xbox 360 são razoáveis centrais de mídia para quem gosta de jogar.

MULTIFUNÇÃO. Ao serem lançados, o Microsoft Xbox 360 (2005) e o Sony PlayStation 3 (2006) faziam pouca coisa além de executar jogos. Com o passar do tempo, ganharam mais recursos, e hoje são razoáveis centrais de mídia, com capacidade de reproduzir vídeos em alta definição tanto por streaming quanto armazenados localmente. Ainda assim, eles só devem ser considerados por quem gosta de games. Se você não tem interesse em jogar, é melhor escolher uma alternativa mais moderna.

ON-LINE. Os dois consoles oferecem acesso a serviços on-line, mas para usar alguns deles no aparelho da Microsoft é necessário ser assinante do Xbox Live Gold. Por exemplo, se você quiser usar o Netflix no Xbox 360, terá que pagar duas vezes: uma pela assinatura do Netflix, outra pela do Xbox Live Gold. No PlayStation 3, você só pagaria a assinatura do Netflix.

LOCAL. Talvez a maior limitação dos consoles como centrais de mídia seja a incompatibilidade com alguns formatos de arquivo populares. Para contornar isso, uma solução comum é executar, no seu computador, um programa que decodifica e transmite para o console o conteúdo que você está vendo. O desempenho, porém, pode deixar a desejar. Quando o assunto é mídia óptica, o PlayStation 3 leva vantagem, pois só ele tem um drive de Blu-ray

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